Dos dois veículos disponíveis para a operação do Aeromóvel de Porto Alegre, que liga o Terminal 1 do Aeroporto Internacional Salgado Filho à estação do Trensurb, apenas um deles presta serviço.
A composição A-200, que conta com dois carros, está parada há um ano e sete meses, por conta de falhas nas portas e na comunicação do veículo com as estações. A Trensurb, que opera o sistema de transporte, diz que o veículo encontra-se em manutenção.
“É a primeira vez que a Trensurb está realizando este tipo de manutenção num veículo da linha do aeromóvel, portanto está sendo necessário o desenvolvimento de todos os processos de manutenção além da aquisição de peças e insumos”, informa a operadora.
O veículo só deve voltar a ativa no final de 2019, e então será a vez do A-100, veículo com apenas um vagão, que hoje presta serviços. O motivo da demora é a limitação orçamentária.
Por favor me corrijam se eu estiver errado.
Eu conheci esse sistema do aeromóvel de Porto Alegre em 2015. O veículo se movimenta sem motores, usando uma chapa de aço logo abaixo da via que se comporta como um êmbolo de uma seringa de injeção. O ar comprimido é injetado em grandes quantidades em uma das extremidades da via e vai empurrando o veículo, que está permanentemente conectado a esse “êmbolo” usando a fenda que pode ser vista na foto. A fenda possui grandes borrachas para impedir que o ar vaze e assim perder eficiência. Velocidade máxima: 20km/h.
Quando eu fui lá visitar pude constatar vazamentos imensos de ar comprimido pelas fendas.
Agora eu pergunto: Não seria mais eficiente utilizar um sistema de motores elétricos – pois estes possuem eficiência de 96% – em detrimento de usar supercompressores de ar para encher a tubulação e fazer esse veículo percorrer lentamente os 800 metros de viagem? Afinal, não estão gastando até mais energia elétrica nos compressores de ar? E se utilizassem motores elétricos comuns no veículo fazendo com que esse se movimentasse com as próprias rodas? Qual é a porcentagem de ar comprimido que está se perdendo na fenda do sistema?
Se alguém souber, por favor…
Caro Rafael boa tarde
Na verdade em termos de rendimento global do sistema (economia de energia), pode-se dizer que o aeromovel eh mais eficiente do que um metro convencional, do ponto de vista que os motores elétricos nao estao no corpo da composição. Logo o veiculo eh extremamente leve, e a realização de trabalho por parte do escoamento de ar perde energia somente no atrito com as paredes da tubulação de concreto.
A questão da borracha se deve por causa de ressecamentos comuns devido a exposição ao tempo em longos períodos. Obviamente que deve haver manutenção periódica na estrutura, (preventiva), de forma a evitar essa perda. Contudo, quando falamos de manutenção todos os sistemas, independente de sua natureza construtiva devem estar sujeitos. Logo, o gasto se daria da mesma forma que em outras instalacoes.
Prezado Frederico,
Com relação a esta postagem de fevereiro de 2019, poderia me informar a situação atual após passados um ano, uma vez que este modelo de protótipo nacional “Aeromovel” da Coester / Siemens que é uma espécie de Veiculo Leve Elevado, conforme este adotado no aeroporto Salgado Filho-RS, foi uma das opções sugeridas para serem instaladas pela GRU Airport em Guarulhos-SP.
Como está a confiabilidade destas composições A-200, que contam com dois carros, e estavam parados há um ano e sete meses, por conta de falhas na manutenção nas portas e na comunicação do veículo com as estações?