Não falta projetos para as construções de ligações ferroviárias intercidades ou inter-estados, como o caso dos Trens Regionais ou de Alta Velocidade. Todos estes planos redesenham o que um dia foi realidade, e que foi deixado de lado por mudanças de prioridades dos governos.
É o caso do trem que ligava a cidade do Rio de Janeiro a São Paulo, onde a última composição partiu na noite de 29 de novembro de 1998 da estação Barra Funda, chegando à estação o Barão de Mauá (Leopoldina) na manhã de 30 de novembro.
No últimos anos o chamado Trem de Prata tinha desvantagens perante os outros modais de transporte. Em 1998 se o passageiro optasse pelo avião, pagaria mais barato que a viagem pela ferrovia. Para ir de trem, uma viagem de dez horas com direito a jantar e café da manhã, gastava-se R$ 120, com a cabine mais barata. Na ponte aérea o gasto seria de R$ 82 pagos na época com viagem de 50 minutos. Os atrasos ocorriam sobretudo porque o Trem perdia a prioridade para o uso dos trens cargueiros, além de problemas na via permanente.
Ainda sim, o Brasil andou na contramão de outras cidades do mundo, que priorizaram o transporte de passageiros pelos trilhos. Na Europa, por exemplo, é comum ligações ferroviárias cruzando o continente. Algumas destas ligações são feitas por trens de alta velocidades, e acabam sendo mais rápidos que o serviço aéreo.
É o caso do Eurostar que, considerando a duração da viagem, conforto, serviço, passeio sem estresss, economia de tempo e sem taxas de traslados, o trem é a maneira perfeita para cruzar o Canal da Mancha. Este emblemático trem de alta velocidade redefiniu a forma como as pessoas viajam entre Londres e Paris.
Hoje nosso país possuí uma sobrecarga nas ligações rodoviárias, e gargalos no transporte aéreo. Então, como descrito no começo desde texto, a ferrovia se prova viável. Falta apenas vontade política.
Aqui na minha cidade tem esses vagões abandonados, totalmente enferrujados.
Prezado Renato Lobo;
Tive o prazer de de viajar tanto neste trem São Paulo Rio sempre que podia, e lamentei muito quando da sua desativação, e este sucateamento das ferrovias no Brasil, é um dos motivos de escrever em vários sites especializados desde 2010.
“Trens que ligavam SP ao Rio e Rio a BH apodrecem em Minas”
Uma excelente matéria feita pelo Estado de Minas em 12 de Novembro de 2012 mostra o estado de abandono das locomotivas e vagões que faziam tanto o trajeto Rio – Belo Horizonte – Rio, quanto o trajeto Rio – São Paulo – Rio.
O trem ligando a capital mineira era operado pela Vera Cruz. A viagem de 640 quilômetros partia e chagava no Rio na Central do Brasil e sua duração variava entre 12 e 14 horas. A primeira viagem foi feita em 29 de Março de 1950, exatos 40 anos antes da última. Cada trem levava sete ou oito vagões, sendo que um deles era o disputado vagão restaurante, onde os passageiros se reuniam para degustar alguma coisa e tomar cerveja, sucos e refrigerantes.
Hoje, estes trens apodrecem em Belo Horizonte, Santos Dumont (MG) e Juíz de Fora (MG). No final dos anos 80, os trens entre as duas capitais davam cada vez mais preferência aos trens cargueiros e as viagens de passageiros estavam ficando cada vez mais longas. Com a privatização da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima em 1996 é que estes trens foram colocados de lado de uma vez.
O Governo de Minas Gerais luta para que a parte que pode ser aproveitada destes trens possa ser colocada em trens turísticos, como por exemplo na ligação de 15 quilômetros entre.Santos Dumont e a Fazenda Cabangu. Mas este projeto esbarra na burocracia.
É preciso reativar as linhas entre as capitais de Rio, São Paulo e Minas Gerais, com trilhos e trens modernos, que possam fazer a viagem em maios ou menos o mesmo tempo do ônibus (cerca de 6 horas para São Paulo e 7 para Belo Horizonte).
Fonte: http://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2012/11/12/interna_gerais,329144/vagoes-do-trem-que-transportava-passageiros-de-bh-para-o-rio-estao-abandonados.shtml
Quem viajou nestes trens jamais esquecera a bela viagem se na época achavam que mais viavel o avião não tem visão da evolução dos transportes