A cidade de São Paulo já projetou corredores de trólebus aos montes. Mas, como de praxe o projeto não foi levado a diante. Um mapa desta rede que poderia estar em funcionamento em tempos que se promete 400 km de BRT (Bus Rapid Transit) até 2020, foi divulgado na página “Defesa do Trólebus” no facebook:
O mapa retrata planos para São Paulo em 1979, e foi extraído do livro “São Paulo – A Cidade – O Habitante – A Administração”, publicado na gestão do prefeito Olavo Setubal. É divido em 4 etapas, e contempla cidades da região metropolitana de São Paulo, como Osasco, Taboão da Serra, e o ABC.
Do que efetivamente saiu do papel estão o Corredor São Mateus – Jabaquara, os eixos Celso Garcia, Penha e São Mateus, e o corredor da Avenida Paes de Barros. Outros trechos foram implantados, porém desativados, como o Corredor Santo Amaro-Nove de Julho e Casa Verde. Do que sobrou deste projeto, o corredor São Mateus-Jabaquara possuí altos índices de satisfação por parte dos passageiros.
Ao contrário do plano de Olavo Setubal, o sistema trólebus evoluiu e hoje a industrial nacional fabrica veículos com tração autônoma para eventuais panes elétricas. As caraterísticas dos trólebus em corredores exclusivos são ressaltadas, como a aceleração constante, e frenagens suaves. Além do mais, pisos mais uniformes reduzem muito o transtorno de escape das alavancas.
O trólebus é um veículo ecológico, e teve sua frota ampliada nos últimos anos em vários países do continente europeu.
Parte do Plano de Olavo Setubal que saiu do papel:
“Governar é definir prioridades”, nesta definição entendo que o atual prefeito cometeu uma inversão de valores das mesmas, com relação a mobilidade, pois os corredores e faixas de ônibus que comprovadamente beneficiam um número maior de usuários, e deveriam obrigatoriamente preceder as ciclovias, ou seja “trocou a qualidade pela quantidade”.
Vale lembrar que o acréscimo da verba citada é para uso municipal exclusivamente.
Entendo que os alcaides ainda nem aprenderam a priorizar, planejar, executar e fiscalizar o trajeto dos corredores e faixas de ônibus e querem fazer isto, o prefeito prometeu 150 km + 23,4 km de corredores até dezembro de 2016, e com os R$ 350 milhões previstos para 2017, é possível fazer somente entre 20 e 30 km de corredores, dependendo da estrutura exigida, só entregando ~37,5 km, 25% do previsto, e um dos motivos senão o principal alegado é a falta de verba, e em troca ampliou as ciclovias, a grande maioria subutilizada, simplesmente ocupando faixas de pedestres ou de veículos, e por consequência a diminuição da velocidade com a suposta alegação de segurança, além de aumentar para gravíssima a multa do infeliz motorista que a ultrapasse, com o aval do governo federal.